quarta-feira, 26 de março de 2025

Mercado imobiliário: aumento da taxa Selic pode afetar os financiamentos?


Com um aumento estimado de 15% até o final deste ano, segundo o Boletim Focus do Banco Central (BC), a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) tem gerado preocupações em quem deseja comprar, vender ou investir em um imóvel. A Selic, que é um dos principais termômetros da economia brasileira, serve como referência para todas as taxas de juros do país e já vem impactando diversos setores. Embora o ritmo seja de alta, um estudo da Croma Consultoria apontou que o mercado imobiliário, que segue crescendo de forma expressiva, de modo geral, não deve ser afetado, uma vez que mais de 50% dos brasileiros pretendem financiar a moradia própria nos próximos dois anos.

“O aumento da taxa Selic pode impactar diretamente algumas categorias de imóveis, especialmente aquelas que dependem de financiamentos com juros mais altos, como imóveis de médio e alto padrão. Essas propriedades geralmente são adquiridas por meio de crédito bancário, que é influenciado diretamente pela taxa Selic”, explica o gerente de vendas da Viana e Moura Construções, Natanael Bezerra. Com a elevação dos juros, o custo dos financiamentos se eleva, o que pode resultar em parcelas mais altas, tornando esses imóveis mais caros.

Algumas categorias de imóveis financiadas por programas de acesso à moradia ou com cartas de crédito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não sofrem impacto direto da taxa e podem ser uma alternativa mais acessível. “As pessoas que têm a intenção de adquirir a casa própria devem se preparar com um bom planejamento financeiro e buscar opções mais vantajosas. Uma alternativa são os empreendimentos contratados pelos programas Minha Casa, Minha Vida e Morar Bem PE, visto que ambos trazem benefícios e condições especiais para a conquista da casa própria”, orienta.

De acordo com o gerente, a construtora conta com diversos tipos de imóveis que podem ser financiados através desses programas ou por meio de crédito bancário, que oferecem boas condições a curto e longo prazo. “Mesmo com o aumento da Selic, as nossas taxas de financiamento imobiliário permaneceram inalteradas e continuam muito atrativas para o cenário atual do mercado. Como resultado, não tivemos impactos nas vendas, que continuam apresentando um ritmo acelado”, finaliza.

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