Em um cenário de constantes mudanças e novas demandas no mercado de trabalho, a gestão de carreira vem se consolidando como um diferencial para profissionais e empresas. De acordo com o Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) de 2025, esse processo representa uma das maiores preocupações das organizações, uma vez que a retenção de talentos e a garantia de produtividade foram apontadas como os principais desafios dos gestores.
A estratégia envolve um conjunto de ações que buscam alinhar o protagonismo individual às metas corporativas, criando um ambiente mais produtivo, motivado e engajado.
A psicóloga da Paralaxe, empresa de consultoria de Recursos Humanos (RH), Ruth Almeida, explica que o ponto de partida está no autoconhecimento. “O colaborador que assume sua carreira deixa de ser expectador e passa a agir estrategicamente. Isso significa buscar capacitações, pedir feedbacks, investir em mentorias e ampliar a rede de contatos. Essa postura fortalece a autonomia, aumenta a empregabilidade e gera uma carreira mais conectada ao propósito pessoal”.
As empresas também têm um papel decisivo, pois, além de investir em treinamentos técnicos, é preciso criar condições para que os profissionais visualizem o futuro dentro da organização, por meio de iniciativas como: planos de carreira, políticas de reconhecimento, programas de mentoria e mobilidade interna. A partir disso, os colaboradores podem se sentir mais motivados, o que significa um passo fundamental para a sustentabilidade das organizações diante de um mercado cada vez mais competitivo.
Ruth Almeida ainda ressalta a importância do RH para este desenvolvimento e alerta que é preciso se atentar a erros comuns, como a acomodação em funções sem desafios, a resistência ao feedback e a negligência com o networking, que podem comprometer trajetórias promissoras. “Quando atua de forma estratégica, o RH se torna um verdadeiro parceiro de carreira, oferecendo clareza, acompanhamento e ferramentas para o crescimento contínuo. Isso se traduz no mapeamento de talentos, avaliação de desempenho, feedback estruturado e programas que conectam jovens profissionais a líderes experientes”, explica.
Entre as contribuições mais relevantes do setor estão a preparação para sucessão, a construção de trilhas de capacitação e o fortalecimento de uma cultura de aprendizagem. “Ao identificar potenciais líderes, estimular inovação e incentivar o protagonismo, os gerentes de RH garantem tanto a continuidade dos negócios quanto o engajamento das pessoas. Esse apoio não só fortalece a retenção, mas também consolida a imagem da empresa como parceira no crescimento dos seus talentos, fator determinante na atração de novos profissionais”, conclui.
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