quarta-feira, 6 de agosto de 2025

“Conte comigo Fábio!” – Gilson Julião anuncia apoio total a pré-candidatura de Fábio Aragão a deputado estadual


Chegou ao final na manhã da última quinta-feira, dia 31, o mistério em torno da candidatura do ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Aragão, do PSD, ao cargo de deputado estadual na eleição estadual do próximo ano. Fábio deixou o cargo de prefeito ao final de 2024, tendo abdicado do direito de disputar a reeleição.

“Sim, eu sou pré-candidato a deputado estadual!”. Assim Fábio cravou sua decisão, que mexe, de forma contundente, no tabuleiro político do Polo de Confecções.

O vereador Gilson Julião, do MDB, esteve no anúncio de Fábio, que aconteceu durante o programa ‘Prefeito no Ar’. “Trata-se de um momento de muita alegria. Sou grato a Fábio, pois cheguei a esse grupo e fui reeleito vereador graças ao trabalho e articulação de Fábio, o melhor prefeito que já vi em nossa cidade”, disse ele.

Segundo Gilson, Fábio tem uma forma diferenciada de fazer política. “Conte comigo Fábio, para estarmos na rua, pedindo votos, vestindo minha camisa vermelha, minha camisa branca, conte comigo”, finalizou.

Oposição ocupa mesas da Câmara e do Senado em protesto contra prisão de Bolsonaro


Parlamentares da oposição iniciaram nesta terça-feira (5) um protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocupando as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. O ato faz parte da obstrução anunciada pela manhã, em coletiva de imprensa.

Segundo apurou o R7, a ideia é concentrar os esforços de protesto oposicionista nos plenários das duas Casas, mantendo as mesas ocupadas para impedir qualquer sessão.

Parlamentares ainda têm discutido a estratégia, mas planejam ocupar espaços mesmo durante a madrugada.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) afirmou que a ação será mantida até que os parlamentares tenham demandas atendidas pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). “Não saíremos de ambas mesas até que os presidentes das duas Casas se reúnam para buscarmos resolver um problema de soberania nacional“, afirmou. Após a declaração, o político colocou uma mordaça na boca.

Entre as demandas do grupo está a votação de pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que definiu a prisão de Bolsonaro.

Além de pautar a proposta de anistia “irrestrita” aos envolvidos no 8 de Janeiro e a para acabar com o foro privilegiado — no caso, a demanda é para que políticos deixem de ser avaliados pelo Supremo e passem para a justiça comum.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Lei Maria da Penha: Marco na proteção da mulher completa 19 anos


Há 19 anos, no dia 7 de agosto de 2006, nascia a Lei 11.340, ou, como é popularmente conhecida, a Lei Maria da Penha. Essa lei, que se tornou um importante instrumento de proteção às mulheres, visa estabelecer mecanismos para prevenir e combater a violência doméstica e familiar contra a mulher em todo o Brasil. A norma enfatiza que as violências física, psicológica, sexual, patrimonial e moral são formas de agressão contra a mulher, e estabelece medidas importantes para a proteção, como a concessão de medidas protetivas de urgência, a criação de Juizados Especiais e a oferta de assistência multidisciplinar, entre outras ações.

A Lei Maria da Penha é considerada um marco fundamental no Brasil para o rompimento de paradigmas patriarcais enraizados na sociedade, segundo Marianna Athayde, professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG) e advogada penal.

“Apesar de alguns criticarem o suposto tratamento parcial que ela entrega, já que outras pessoas também são vítimas de violência doméstica, as estatísticas não mentem quando apontam para a mulher como uma das figuras vulneráveis da sociedade. É nesse momento que diferenciamos a igualdade da equidade. O objetivo da nossa Constituição democrática é tratar os desiguais na medida das suas desigualdades. Se o recorte da figura feminina precisa de uma maior proteção, isso deve ser feito e estimulado. Esse é o papel da Lei Maria da Penha”, destaca a docente.

A lei, que entrou em vigor em 2006 e garante direitos às mulheres, passou por importantes alterações ao longo dos anos, buscando sempre o aperfeiçoamento da proteção às vítimas de violência. Entre as conquistas estão: o sigilo do nome das mulheres ofendidas em processos de violência doméstica; o auxílio-aluguel por um período de até seis meses; a apreensão judicial de qualquer arma de fogo em posse do agressor; e a prioridade na matrícula escolar de filhos e dependentes de vítimas em instituições próximas à residência. 

A primeira mudança na lei ocorreu em 2017, e a mais recente foi implementada neste ano. “A tendência é que as mudanças continuem acontecendo, seja na letra da lei, como também na interpretação prática. Mulheres trans, hoje, já são protegidas pela lei por conta dessa interpretação extensiva e isso foi um processo de evolução e conscientização da sociedade e do judiciário por essa demanda. Apesar da baixa notificação dos casos, porque é comum as vítimas viverem os relacionamentos abusivos durante anos com medo de seus algozes, cada vez mais elas vêm encontrando forças e apoio, inclusive nas redes sociais, para reportarem os casos de violência e abusos. O cenário ainda é desfavorável e complexo, mas é inegável a importância da lei nesse processo de transformação social, que deve seguir pelos próximos anos”, enfatiza Marianna.