Depois de
conseguir uma manifestação de apoio e em defesa da democracia assinada por 16
governadores na semana passada, a presidente Dilma Rousseff receberá, ainda
hoje, uma carta de um grupo de ao menos 16 prefeitos com uma mensagem de
repúdio ao impeachment.
Nesta
segunda-feira, dia em que completa 68 anos, Dilma passou o dia em reuniões no
Alvorada e recebe em breve o grupo de prefeitos em agora no final da tarde. O
prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), informou que o documento foi formatado
por ele e pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes. "Não podemos conviver com a
instabilidade política. O reflexo desse período instável é sentido diretamente
na sociedade", disse, em nota.
Garcia citou
ainda que é preciso acabar com "processos conturbados e manipulados por
quem, inclusive, tem processo na Comissão de Ética", afirmou, referindo-se
ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), responsável por acatar o pedido
de impeachment no dia 2 de dezembro.
O documento
destaca a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em paralisar o andamento do
processo de impeachment e diz que o pedido de afastamento "se inicia
eivada de vícios, que denota condução desvirtuada do processo". Na próxima
quarta-feira, o STF vai definir o rito de impeachment e avaliar a formação da
comissão especial, que foi suspensa.
Alinhados com a estratégia do Planalto, de
tentar dialogar, o grupo de prefeitos destaca ainda que as dificuldades pelas
quais passa o Brasil não serão superadas a partir do desrespeito à ordem
constitucional e que o impeachment pode agravar ainda mais a situação do País. A
baixa presença de manifestantes ontem nos atos pelo impeachment da presidente
deixaram o governo aliviado. Agora, o Palácio do Planalto espera poder fazer o
que tem sido chamado de "debate com a sociedade" para evitar o
afastamento da petista.
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