Em entrevista
concedida na manhã desta quarta-feira (03) na Rádio Comunidade FM de Santa Cruz
do Capibaribe, o presidente do Ypiranga, Helry Gonçalo falou sobre a
desistência da equipe na disputa do Campeonato Pernambucano de Futebol da Série
A2 deste ano.
O mandatário
foi questionado sobre as dificuldades, que acabaram ocasionando em relação a
não participação da equipe no torneio. “Procuramos de todas as formas nos
adequar, mas por causa de uma Lei Federal, que é o Profut, ela faz com que
todos os clubes de futebol estejam em dias com suas contas e infelizmente o
Ypiranga não se encontrava em dia” – relatou.
Helry Gonçalo
detalhou e comentou sobre as questões burocráticas que impediram a
participação. “A documentação não é tão simples de tirar assim, que são as
certidões negativas. Quando assumimos o clube, fizemos um levantamento dessas
dividas, só que existiram alguns impasses burocráticos e até mesmo para poder
tirá-las (as certidões negativas). Foram quatro certidões negativas que foram
exigidas pela Federação que é a do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PE),
Receita Federa, INSS e FGTS. Em relação a do TJD-PE, existia uma multa grande e
conseguimos pagá-la a tempo, porém a do FGTS, INSS e Receita Federal não
pudemos resolver, pois eram dívidas altas, algumas podendo ser parceladas e
outras não. As dívidas do FGTS e INSS poderiam ser parceladas, mesmo com a
burocracia poderíamos conseguir, mas sendo em 60 meses com valores entre R$ 900
e R$ 1 mil, já na questão da Receita seria complicada, pois, ela não recebe
mais em boleto, ela faz um resgate em conta própria do clube e atualmente temos
questões trabalhistas e que seria o nosso entrave em qualquer dinheiro que
entrasse no clube” – detalhou.
O presidente
foi interrogado sobre o prazo para que tudo pudesse estar em ordem e apto para
a disputa do torneio. “Teve pessoas que disseram que dava tempo, mas não dava,
pois iriam acontecer as questões trabalhistas, as negociatas, teríamos que ter
uma receita para jogar a proposta para daí então negociar e liberar a nossa
conta, e com isso pudéssemos novamente fazer a negociata com a Receita Federal”
– relatou.
Helry Gonçalo
falou sobre o planejamento para os próximos anos. “Tivemos já reuniões com
Conselho Fiscal, para que possamos nos juntar e estejamos fortes para entrar no
campeonato sem nenhum receio, com toda a documentação em dia e que não possamos
deixar nada para o ano que vem” – pontuou.
Em relação a
formação da base de uma equipe e a situação do Estádio Otávio Limeira Alves, o
presidente do Ypiranga informou que um planejamento para escolinhas do clube em
Santa Cruz do Capibaribe já se encontra em discussão com o departamento de
futebol e que o Limeirão poderá passar por algumas mudanças.
“Já estamos
pensando no projeto das escolinhas, que será um trabalho de base, um
investimento a longo prazo e também que possamos ter uma boa base para o ano
que vem e termos jogadores aptos para a disputa da Segunda Divisão, e apenas ir
buscar algumas peças que possam se encaixar no time. Em relação ao campo, vamos
cuidar da nossa grama diariamente, melhorias em alguns pontos, já que tivemos
acesso a todos os laudos que mudaram neste ano, tem muitas restrições com
alambrados, acesso ao estádio, alojamento, entre outras questões” – finalizou.
Com informações do Blog do Ney Lima
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